Mente e Cérebro mostra que a felicidade é “contagiosa” no mundo real e virtual
Pesquisa revela o quanto vale a pena prestar atenção se seus amigos são felizes e saudáveis, pois essas atitudes influenciam a sua vida.
Como são seus amigos? Engraçados, dormem pouco, praticam atividades físicas? A revista Mente e Cérebro, de dezembro, traz na matéria de capa um estudo que mostra que o bem-estar alheio tem profundo impacto na satisfação das pessoas, e o mais curioso: essa “transmissão emocional” pode ocorrer até pelas redes sociais.
Segundo a matéria, tanto a felicidade como comportamentos que fazem mal à saúde, como irritação e constantes lamentações, são como um surto de gripe, sendo transmissível e “contaminando” pessoas de até “três graus de separação”. O fato do amigo de um amigo seu ser uma pessoa alegre, bem-humorada e satisfeita com a própria vida aumenta em cerca de 6% as chances de que você seja uma pessoa feliz. Portanto, além de ter cuidados na escolha dos grupos com os quais se convive, também é importante lembrar que cada um é, de alguma forma, responsável sobre o bem-estar das pessoas com quem se mora, trabalha, estuda.
Em um dos experimentos, desenvolvido ao longo de 20 anos, os cientistas James Fowler, pesquisador da Faculdade de medicina da Universidade da Califórnia em San Diego, e Nicholas Christakis, da Havard Medical Shool de Boston, EUA, fizeram a conexão de 53 mil ligações sociais entre cerca de 5 mil pessoas. As pessoas que faziam parte das redes sociais dos voluntários, também eram acompanhadas, o que permitiu aos estudiosos a “conexão dos pontos”.
O resultado disso foi que ter um parente de primeiro grau com alguma doença como diabetes, hipertensão, alterações no colesterol, é um fator de risco importante para o desenvolvimento do mesmo quadro não necessariamente em razão da genética, mas em grande parte por causa de hábitos em comum. Ou seja, os pesquisadores concluíram que assim como a saúde, a felicidade pode ser entendida como um fenômeno coletivo.
Felicidade mora ao lado, ou não!
Tanto a felicidade quanto a dependência de cigarro e a obesidade se espalham mais quando a proximidade é maior, de acordo com os pesquisadores. A matéria da Mente e Cérebro mostra que ter um vizinho de porta feliz – com quem nos relacionamos frequentemente – aumenta as chances de satisfação geral com a vida em 34%. Um irmão, amigo ou parceiro afetivo bem-humorado vivendo até 1,6% km de nós incrementa em até 25% nossa probabilidade de nos sentirmos satisfeitos. Se a distância diminuir, melhor: ter uma pessoa querida de bem com a vida num perímetro de até 800 metros favorece em 42% o índice pessoal de satisfação.
Mídias sociais para o bem
Nos últimos tempos, pesquisadores buscam dados através dos meios virtuais. O professor assistente de sociologia econômica Damon Centola, da Sloan School of Management do MIT, conduziu uma pesquisa com mais de 1.500 pessoas, no qual foi criado um fórum na web, com acesso a informações sobre saúde. Um grupo foi estruturado como um bairro residencial e o outro, sem nenhum vínculo. Conclusão: os participantes/vizinhos virtuais se mostraram mais dispostos a aderir aos debates e oferecer contribuições, pois viam seus “vizinhos” participando. Já o grupo da rede informal, não teve o mesmo desenvolvimento.
No mundo real, isso pode significar que o reforço social melhora – ou piora – hábitos de saúde, independentemente de quem os incentiva. No futuro, possivelmente as mídias sociais poderão ser aliadas na promoção da saúde para grandes populações.
Como são seus amigos? Engraçados, dormem pouco, praticam atividades físicas? A revista Mente e Cérebro, de dezembro, traz na matéria de capa um estudo que mostra que o bem-estar alheio tem profundo impacto na satisfação das pessoas, e o mais curioso: essa “transmissão emocional” pode ocorrer até pelas redes sociais.
Segundo a matéria, tanto a felicidade como comportamentos que fazem mal à saúde, como irritação e constantes lamentações, são como um surto de gripe, sendo transmissível e “contaminando” pessoas de até “três graus de separação”. O fato do amigo de um amigo seu ser uma pessoa alegre, bem-humorada e satisfeita com a própria vida aumenta em cerca de 6% as chances de que você seja uma pessoa feliz. Portanto, além de ter cuidados na escolha dos grupos com os quais se convive, também é importante lembrar que cada um é, de alguma forma, responsável sobre o bem-estar das pessoas com quem se mora, trabalha, estuda.
Em um dos experimentos, desenvolvido ao longo de 20 anos, os cientistas James Fowler, pesquisador da Faculdade de medicina da Universidade da Califórnia em San Diego, e Nicholas Christakis, da Havard Medical Shool de Boston, EUA, fizeram a conexão de 53 mil ligações sociais entre cerca de 5 mil pessoas. As pessoas que faziam parte das redes sociais dos voluntários, também eram acompanhadas, o que permitiu aos estudiosos a “conexão dos pontos”.
O resultado disso foi que ter um parente de primeiro grau com alguma doença como diabetes, hipertensão, alterações no colesterol, é um fator de risco importante para o desenvolvimento do mesmo quadro não necessariamente em razão da genética, mas em grande parte por causa de hábitos em comum. Ou seja, os pesquisadores concluíram que assim como a saúde, a felicidade pode ser entendida como um fenômeno coletivo.
Felicidade mora ao lado, ou não!
Tanto a felicidade quanto a dependência de cigarro e a obesidade se espalham mais quando a proximidade é maior, de acordo com os pesquisadores. A matéria da Mente e Cérebro mostra que ter um vizinho de porta feliz – com quem nos relacionamos frequentemente – aumenta as chances de satisfação geral com a vida em 34%. Um irmão, amigo ou parceiro afetivo bem-humorado vivendo até 1,6% km de nós incrementa em até 25% nossa probabilidade de nos sentirmos satisfeitos. Se a distância diminuir, melhor: ter uma pessoa querida de bem com a vida num perímetro de até 800 metros favorece em 42% o índice pessoal de satisfação.
Mídias sociais para o bem
Nos últimos tempos, pesquisadores buscam dados através dos meios virtuais. O professor assistente de sociologia econômica Damon Centola, da Sloan School of Management do MIT, conduziu uma pesquisa com mais de 1.500 pessoas, no qual foi criado um fórum na web, com acesso a informações sobre saúde. Um grupo foi estruturado como um bairro residencial e o outro, sem nenhum vínculo. Conclusão: os participantes/vizinhos virtuais se mostraram mais dispostos a aderir aos debates e oferecer contribuições, pois viam seus “vizinhos” participando. Já o grupo da rede informal, não teve o mesmo desenvolvimento.
No mundo real, isso pode significar que o reforço social melhora – ou piora – hábitos de saúde, independentemente de quem os incentiva. No futuro, possivelmente as mídias sociais poderão ser aliadas na promoção da saúde para grandes populações.