Se compararmos a maior parte de seu texto com os dias atuais, podemos interpretar que a caverna simboliza o mundo que vivemos. O prisioneiro que fugiu é aquele que tem a oportunidade de adquirir conhecimentos e se libertar da sua ignorância. As pessoas que continuam presas são aquelas que, por medo ou comodismo, não estão dispostas a ir em busca da verdade, preferindo viver amparadas pelas idéias dos outros.
Maurício de Souza faz uma analogia ao tema de Platão, ilustrando de forma divertida a idéia do filósofo. Em seus quadrinhos, ele consegue mostrar que um texto tão antigo parece ser atual, e como, mesmo com o passar dos séculos, o ser humano continua condicionado a uma vida determinada pelo ambiente à sua volta.
Na história de Maurício, há um final feliz para os indivíduos da caverna na era pré-histórica, que acabam por conhecer a verdade sobre a vida. Mas, com o passar das eras, a história acaba se repetindo e, nos dias atuais, a televisão passa a ser a grande manipuladora da mente humana, nos induzindo a levar uma vida de acordo com os conceitos e regras apresentados.
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