quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Como fazer um vestido com uma camisa masculina

 

Quando você não souber o que usar, ou quiser uma roupa "diferente" aproveite a camisa do seu namorado, marido, companheiro ou amigo. Homens, se cuidem, senão ficarão sem camisa para vestir.

Descrição: http://www.ciamodabranca.com.br/imagebank/imagens/camisa_social_masc.jpg

            

Como fazer um vestido com uma camisa masculina

Agora é que os maridos vão poupar dinheiro e ver-se livres das camisas de que não gostam.

 

 

 

 

sábado, 7 de janeiro de 2012

Fim do mundo em 2012




Um dia, o Senhor chamou Noé que morava no Brasil e

ordenou-lhe:
- ANTES DE 21.12.2012 , 6 meses antes ,( NOVO FIM DO MUNDO ) farei chover ininterruptamente durante 40 dias e 40 noites, até que o Brasil seja coberto pelas águas.

Os maus serão destruídos,
mas quero salvar os justos e um casal de cada espécie animal.
Vai e constrói uma arca de madeira.
No tempo certo, os trovões deram o aviso e os relâmpagos cruzaram o céu.

Noé chorava, ajoelhado no quintal de sua casa,
quando ouviu a voz do Senhor soar furiosa, entre as nuvens:

- Onde está a arca, Noé?
- Perdoe-me, Senhor suplicou o homem.
Fiz o que pude, mas encontrei dificuldades imensas:

Primeiro tentei obter uma licença da Prefeitura,
mas para isto, além das altas taxas para obter o alvará,
me pediram ainda uma contribuição para a campanha de eleição do prefeito.

Precisando de dinheiro, fui aos bancos e não consegui
empréstimo, mesmo aceitando aquelas taxas de juros ...
O Corpo de Bombeiros
exigiu um sistema de prevenção de incêndio, mas consegui contornar, subornando um funcionário.

Começaram então os problemas com o IBAMAe a
FEPAM para a extração da madeira.
Eu disse que eram ordens SUAS, mas eles só queriam saber se eu tinha um "Projeto de Reflorestamento " e um tal de
"Plano de Manejo ".

Neste meio tempo ELES descobriram também uns casais de
animais guardados em meu quintal..

Além da pesada multa, o fiscal falou em "Prisão Inafiançável " e eu acabei tendo que matar o fiscal, porque,
para este crime, a lei é mais branda.

Quando resolvi começar a obra, na raça,apareceu o CREA e me multou porque eu não tinha um Engenheiro Naval
responsável pela construção.

Depois apareceu o Sindicato exigindo que eu contratasse seus marceneiros com garantia de emprego por um ano.
Veio em seguida a Receita Federal, falando
em " sinais exteriores de riqueza " e também me multou.
Finalmente, quando aSecretaria  Municipal do Meio Ambiente pediu o " Relatório de Impacto Ambiental " sobre a zona a ser inundada, mostrei o mapa do Brasil.

Aí, quiseram me internarnum Hospital Psiquiátrico!
Sorte que o INSS estava de greve...

Noé terminou o relato chorando,
mas notando que o céu clareava   perguntou:

- Senhor, então não irás mais destruir o Brasil?
- Não! - respondeu a Voz entre as nuvens
- Pelo que ouvi de ti, Noé,
cheguei tarde!

O governo já se encarregou de fazer isso!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Transa Gramatical


Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. 
Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. 
E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. 
Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos.
O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar. 
O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice.. 
De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. 
Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo. 
Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu aposto. 
Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. 
Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar. 
Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto. 
Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois. 
Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula; ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo. 
É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros. 
Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta. 
Estavam na posição de primeira e segunda pessoa do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. 
Nisso a porta abriu repentinamente. 
Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. 
Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história. 
Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. 
O verbo auxiliar se entusiasmou e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto.Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino. 
O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva. 

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
d3d3LnRvcnJlZGViYWJlbDEwLmJsb2dzcG90LmNvbSQkJDQ0NTAjIyMzMzY=